Preocupação foi com os fungos na lavoura
Na tarde desta sexta-feira, dia 26, aconteceu no espaço do Recinto de Leilões, a 7ª e última agenda de eventos técnicos promovidos pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), com parceiros, na 47ª Exposição-Feira Agropecuária, Comercial e Industrial do Norte Pioneiro (Efapi), no Parque de Exposições Dr. Alício Dias dos Reis, em Santo Antônio da Platina.
O Seminário Regional de Soja que marcou o encerramento do ciclo de encontros e seminários na Efapi, teve parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que é uma empresa pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O evento contou com a exposição de alguns assuntos como Manejo Integrado de Praga, através de Arnold Barbosa de Oliveira, da Embrapa de Londrina; Manejo Integrado de Doença, por Claudine Dinali Santos Seixas (foto principal), também da Embrapa, de Londrina; e, Manejo de solo e água, tema que foi explanado por Ivan Bordin do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), de Londrina.
Ao falar com a reportagem do npdiario, Arnold disse que a integração entre Emater e Embrapa resulta em bons resultados através de pesquisas sólidas que só agregam conhecimento e orientação, além de referência técnica.
Ele recordou que a última safra de soja foi prejudicada pela seca e houve perdas importantes, pois muito tempo com temperatura alta e pouca chuva, além de muito calor. Tudo isso foi prejudicar para a produção.
O Vice-Presidente da Sociedade Rural, Fransz Loman, ao fazer uso da palavra na abertura do seminário ressaltou que a Efapi não se trata apenas de pecuária, mas pensamos em agregar também um trabalho de discussão da importância do agronegócio.
Quando passamos por uma safra de soja e a vemos toda amarelada, muitas vezes imaginamos que seja poeira, quando na realidade, é o fungo que a atingiu
Já o prefeito José da Silva Coelho Neto (PHS), o Prof. Zezão, disse que a agricultura brasileira produz muito, não fica reclamando, lamentando o que passou e as perdas, ao contrário, tem coragem e vai à luta, vai para a roça e faz o Brasil crescer e o que ocorre com a soja não é diferente.
O Chefe Regional do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento de Jacarezinho, que abrange 23 municípios do Norte Pioneiro, Fernando Emmanuel Gonçalves Vieira, disse que o setor do agronegócio em nossa região cresceu muito, e o Governo do Estado faz questão de divulgar os meios para que a produção de soja seja ainda mais sustentável e utilizando e se beneficiando de tecnologia.
Claudine Seixas quando da exposição de seu tema lembrou que de 9 a 11 dias o fungo já se reproduz e dissemina na lavoura de soja. É um fungo rápido e causa problemas. O vento leva e ele se expande rapidamente. Quando passamos por uma safra de soja e a vemos toda amarelada, muitas vezes imaginamos que seja poeira, quando na realidade, é o fungo que disseminou.
Para resolver isso ela apontou a necessidade do fungicida. Virou uma regra o uso do fungicida na lavoura de soja e, consequentemente, o aumento no custo da produção. E continuou Seixas: o futuro no cenário é incerto. Usar a ferramenta de fungicida é necessário, mas que seja eficiente e com critério técnico.
A abertura do seminário que abordou a soja foi feita pelo Técnico Agrícola Fábio Pires, da Emater, do município de Barra do Jacaré. Ele coordena a unidade daquele município e, outro profissional da Emater, a unidade de Cambará, pois as duas são as únicas que tem como referencial de trabalho a produção da soja entre os 23 municípios da regional.