A experiência e a busca por conhecimentos em outras culturas são os principais motivos dos estudantes paranaenses que buscam por universidades e faculdades americanas como destino de graduação._x000D_
Para o platinense Breno de Mello Dal Bianco, de 18 anos, que estuda na , na Califórnia, nos Estados Unidos da América (EUA), a bagagem cultural adquirida no intercâmbio contribui para o crescimento pessoal e profissional dos estudantes._x000D_
“Estive na Stanford nas férias, há três anos, e foi amor à primeira vista. Não a trocaria por nenhum outro lugar. Lógico que estudar fora é difícil às vezes. Há dificuldades como custo ou escassez de vagas, mas o amadurecimento e o fato de se estar em outra cultura, onde se fala outra língua, é um aprendizado diferenciado, com certeza”, afirmou._x000D_
Ele,que residia em Curitiba com os pais, é filho do engenheiro Mauro Dal Bianco, irmão de Moacir(Monza) e Maria Tereza, que ainda continuam morando em Santo Antônio da Platine e de Ivana,irmã do dentista João de Mello, também ainda residindo na Cidade Joia._x000D_
Stanford é considerada uma das cinco universidades americanas de maior prestígio do mundo e a diferença na cultura do ensino foi um dos quesitos que fez Dal Bianco escolher a instituição para fazer faculdade._x000D_
“Aqui tenho a liberdade de escolher as aulas e o curso durante a graduação, permitindo assim uma escolha mais madura que no fim do terceiro ano. Estou dividido entre engenharia e ciência da computação. O processo de admissão também é mais convidativo e menos estressante que o vestibular tradicional”, afirmou._x000D_
Dal Bianco explicou que o processo para conseguir uma vaga na universidade americana é complexo e, diferentemente do vestibular, o aluno é avaliado além das notas._x000D_
Fiz o ‘Application’, que é um conjunto de provas, redações, cartas de recomendações e histórico escolar. Tive que enviar quando pleiteava uma vaga na universidade. A instituição quer saber quais seus diferenciais, suas paixões e o que os professores acham do estudante. Acredito que seja um processo mais humanizado”, disse._x000D_
As aulas do curitibano começaram em setembro deste ano. “Formei-me no ensino médio em dezembro de 2014 e, como as aulas aqui iam demorar para começar, fiz um estágio em morar sozinho. Mudei-me para São Paulo, onde cursei um semestre de engenharia mecatrônica na Universidade de São Paulo (USP). Foi uma ótima experiência”, ressaltou._x000D_
O jovem contou que, embora o país americano ofereça muitas distrações, ele sente saudade da cidade natal._x000D_
“A adaptação aqui foi muito tranquila. Moro em uma região muito agradável e me dou bem com a comida e o clima. Mas sinto falta mesmo é da família e dos amigos que ficaram em Curitiba. Às vezes, vejo fotos deles nas redes sociais e a saudade aperta”, disse._x000D_
Mesmo com o grande número de oportunidades no exterior, Breno afirmou que pretende voltar para o Brasil. “Pretendo voltar sim e, no momento, me vejo trabalhando na área de pesquisa e desenvolvimento. Mas, antes disso, quero morar em mais algum país e aproveitar que ainda não firmei raízes em nenhum lugar para conhecer lugares novos”, falou._x000D_
Quando ainda estava no ensino médio, em 2013, o jovem do Norte Pioneiro recebeu o prêmio de finalista do Projeto Jovem Cientista das mãos da presidente da República, Dilma Roussef. “Foi uma sensação incrível. Somar o orgulho de ter construído algo com as próprias mãos ao prazer de ter meu trabalho reconhecido nesse nível me trouxe uma felicidade indescritível”, falou._x000D_
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Relações Internacionais da FAE Centro Universitário, Areta Galat, o número de alunos que buscam referências sobre intercâmbio aumentou muito nos últimos anos._x000D_
“Até o mês de setembro, o escritório de Curitiba atendeu mais de 2.950 alunos. Recebemos muitas solicitações, que incluem atendimentos individuais e de grupos, palestras em feiras e escolas, e-mail, conferências via Skype e telefone”, afirmou._x000D_
A FAE abriga um dos 29 escritórios do EducationUSA, agência que oferece informações sobre estudos nos Estados Unidos, que estão localizados no Brasil. No mundo, a entidade possui 400 centros e atende cerca de 145 mil estudantes na América Latina._x000D_
O relatório anual Open Doors, do Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês), divulgado no mês passado, apontou que o número de universitários brasileiros que estudam nos Estados Unidos cresceu 78% entre 2013 e 2014. O dado fez com que o Brasil pulasse da 10ª para a 6ª posição no ranking de países com intercambistas nos EUA._x000D_
Segundo o instituto, os Estados Unidos registraram, no ano letivo de 2014-2015, 23.675 brasileiros matriculados no ensino superior. No ano anterior, o número era de 13.286.Ainda de acordo com o relatório, nenhum dos 25 países que estão no topo da lista cresceu em velocidade tão alta quanto o Brasil no que diz respeito ao número de universitários no país norte-americano. Os dados fazem parte de um censo anual que o instituto conduz desde 1919(Texto: Daiane Baú/Fotos cedidas pela família)._x000D_
Fotos:_x000D_
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Breno e um colega brasileiro preparam comidas brasileiras para matar saudade do país_x000D_
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Ele e colegas da Stanford durante baile de calouros da instituição_x000D_
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O jovem com os pais Ivana e Maurinho_x000D_
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