Alep convoca para engajar nas ações contra a pedofilia

Alerta à familiares e professores sobre os perigos que crianças e adolescentes correm dentro de casa e na internet

A Semana Estadual “Todos Contra a Pedofilia”, entre os dias 13 e 18 de maio, faz parte do Calendário Oficial de Eventos do Paraná desde 2013 e foi instituída pela lei estadual nº 17.637/2013, aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná. Todos os anos, nesse período, são realizadas ações educativas, preventivas e de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.

“Um mal que, infelizmente, se tornou frequente em nossa sociedade e o que é pior, às vezes, acontecendo dentro de casa. Por isso, a importância do alerta por meio da campanha de orientação”, afirma o deputado Gilson de Souza (PL), segundo secretário da Casa de Leis e um dos autores da lei, apresentada em conjunto com o ex-deputado Leonaldo Paranhos.

Desde que a legislação estadual entrou em vigor, a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado vêm promovendo atividades conjuntas, como palestras, fóruns, distribuição de material de divulgação, seminários de capacitação como forma de debater ações e combater a pedofilia. Municípios e setores da sociedade   também aderiram a essa mobilização. “Essa é uma mobilização que busca trazer informação para toda a sociedade. Queremos que as famílias saibam como proteger os seus filhos, estejam atentas aos sinais e também saibam a quem recorrer em situações de casos suspeitos ou confirmados de pedofilia”, explica o deputado.

Em 2021, auge da pandemia da Covid-19, a Casa promoveu um Webinário, evento totalmente on-line, que reuniu especialistas nas áreas jurídica, da família, de direitos humanos e Ministério da Justiça para debater o tema “Todos Contra a Pedofilia – Informação e Enfrentamento”, com discussões de ações sobre como a sociedade e o Poder Público podem combater a violência que tem vitimado crianças e adolescentes.

A própria Damares Alves, então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos participou da discussão. Ela apresentou números de casos que chegam ao Disque 100, canal de denúncias da pasta. “São cerca de 10 mil ligações por dia. No ano de 2020, a partir das ligações recebidas, o Ministério gerou 95 mil processos com denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Sabemos que em 2020 esse número foi subnotificado, porque nós estamos em plena pandemia e quem mais denuncia violência contra criança e adolescente no Brasil é a escola, é o professor. E mesmo assim, a gente gerou esse número altíssimo de processos de denúncia de violação”, informou, na época.

Especialistas afirmam que o enfrentamento para o problema passa por promover a proteção e orientação também de crianças e adolescentes. O objetivo é que eles se sintam resguardados e percam o medo de denunciar qualquer situação para pais, professores ou outros parentes. “Os próprios familiares e professores também precisam ser orientados para que reconheçam alguma atitude diferente da criança ou do adolescente, uma mudança brusca de comportamento ou baixa no rendimento escolar. Muitas vezes, eles não percebem que o menor está sendo vítima de algum tipo de abuso”, reforça Gilson de Souza, que também é líder da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família da Assembleia.

Foto: Dálie Felberg/Alep
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